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'Sofreu de solidão': Raul Seixas morreu sem imóvel e com menos de R$ 600

do UOL

De Splash, em São Paulo

26/06/2025 05h30

A carreira do cantor Raul Seixas, que morreu em 1989, aos 44 anos, em decorrência de uma pancreatite aguda, é tema da série "Raul Seixas: Eu Sou", lançada hoje pelo Globoplay. O inventário do artista, concluído em 1992, surpreendeu fãs e familiares de um dos principais nomes da música brasileira nos anos 1970.

A herança de Raul Seixas

Raul Seixas não tinha imóveis em seu nome. O músico mantinha aproximadamente 300 cruzados novos em poupança (R$ 551,88, segundo conversão realizada pela calculadora do Banco Central do Brasil considerando o índice IPCA).

Ele (Raul Seixas) sofreu muito de solidão. Mesmo amando, não se entendia com ninguém. No fim, lamentou ter perdido a família. Qual delas? Ele não dizia. Eugênia Seixas, mãe de Raul Seixas, em carta adicionada ao inventário

Raul Seixas morreu sozinho em um apartamento em São Paulo. O inventário foi divulgado na exposição "Memória em Julgamento: Histórias que Marcaram a Justiça e a Sociedade", lançada em junho deste ano no prédio do STF, em Brasília. Informações também foram publicadas pela revista Veja.

Os direitos autorais sobre as músicas de Raul Seixas foram divididos entre três herdeiras. Simone, Scarlet e Vivian, frutos de três dos cinco casamentos do músico, têm direito aos lucros com reproduções e regravações de obras do artista. Não há uma estimativa sobre quanto as filhas do artista arrecadaram desde 1989. A reportagem entrou em contato com o Ecad, mas ainda não obteve retorno.

Apenas Vivian Seixas, filha de Kika Seixas, segue carreira musical e mora no Brasil, enquanto as irmãs vivem nos EUA. Kika foi a responsável pelo inventário de Raul Seixas, mesmo estando separada do cantor desde 1984. O artista viveu um relacionamento com Lena Coutinho depois dela, entre 1985 e 1988, conforme o espólio.

O documento está disponível para visitantes da exposição em Brasília, mas ainda não foram digitalizados, informou o STF em contato com Splash. Além do caso Raul Seixas, o Supremo Tribunal Federal também disponibilizou processos envolvendo o assassinato da socialite Ângela Diniz e o espólio do cantor Tim Maia.

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