Indonésia não parece preparada para casos como de Juliana, diz especialista
A Indonésia não parece muito preparada para casos que necessitem de ação imediata e urgência, como aconteceu com a brasileira Juliana Marins, que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, afirmou Luciana Nogueira, diretora do Rede Trilhas, em entrevista ao UOL News, do Canal UOL.
A Indonésia, não sei exatamente como funciona a questão de resgate na Indonésia, mas eles não parecem muito preparados para esse tipo de ação imediata e com a urgência que o caso da Juliana necessitou.
Então, a Juliana acabou muito provavelmente falecendo pela espera longa de ser resgatada, ela estava numa área de altitude, então, muito provavelmente o frio, principalmente da noite, possa ter levado ela a um caso de hipotermia. Ela não estava devidamente preparada para enfrentar esse frio, até porque ela não imaginava que fosse acontecer isso com ela.
Luciana Nogueira, diretora da Rede Trilhas
A especialista explicou as dificuldades e condições para aventuras em lugares arriscados, como a trilha no Monte Rinjani feita por Juliana.
Tudo isso que aconteceu com a Juliana foi um acidente muito grande, uma fatalidade e com condições muito desfavoráveis. O turismo de aventura, práticas de trilhas, principalmente em regiões mais remotas, como esse local do Rinjani, pede que aquela pessoa que vá se aventurar faça uma pesquisa prévia de quais são as condições de resgate daquele local, quais são as condições climáticas, como funciona toda essa questão.
É sempre bom você estar acompanhado de um guia ou condutor local que seja habilitado para essa situação de emergência que possa acontecer entre eles.
Acidentes todos nós estamos sujeitos a sofrer, o que aconteceu com a Juliana foi muito, muito, triste e lamentável porque ela caiu em uma área de difícil acesso. Aquela região climaticamente ela é muito instável, então, por exemplo, prejudica e dificulta muito o uso de helicópteros, de aeronaves que pudessem fazer esse resgate.
Luciana Nogueira, diretora da Rede Trilhas
Luciana destacou que é lamentável que a discussão sobre a segurança em locais perigosos seja feita apenas após acidentes como o que envolveu a brasileira.
E hoje esse tipo de situação é muito triste, porque ela tem que acontecer para que a gente tenha que abrir essa discussão sobre a segurança, é o que nós chamamos de sistema de gestão de segurança.
Ela precisa existir, esse sistema precisa existir para que situações como a que ocorreu com a Juliana não tenham esse desfecho tão trágico como foi o dela.
Luciana Nogueira, diretora da Rede Trilhas
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