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Irã retirou urânio de usinas nucleares antes de ataque dos EUA, diz jornal

À esquerda, usina nuclear de Fordow em 20 de junho, antes do ataque; à direita, em 22 de junho, após ataque  - MAXAR TECHNOLOGIES/via REUTERS
À esquerda, usina nuclear de Fordow em 20 de junho, antes do ataque; à direita, em 22 de junho, após ataque Imagem: MAXAR TECHNOLOGIES/via REUTERS
do UOL

Colaboração para o UOL, de São Paulo

26/06/2025 13h17

O Irã retirou todo o urânio enriquecido de suas centrais nucleares antes do ataque dos EUA, realizado no último sábado, afirmou hoje uma reportagem do Financial Times, atribuindo a informação a fontes de agências de inteligência europeia.

O que aconteceu

Estoque iraniano de metal radioativo usado para fazer bombas nucleares continua praticamente intacto. Segundo a reportagem, o urânio não estava em Fordow quanto os EUA bombardearam o local.

Material teria sido distribuído para outras instalações não reveladas pela reportagem. Fordow tem capacidade para operar 3 mil centrífugas para enriquecer urânio e, supostamente, seria capaz de produzir graus mais puros do metal, segundo estimativas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Essas características fazem da usina a mais importante do Irã.

Instalação opera no subterrâneo e é composta por cinco túneis escavados dentro das montanhas. Nos arredores da cidade sagrada de Qom, no centro do país, o complexo está a uma profundidade de 90 metros. A localização é estratégica para dificultar ataques.

Trump nega

"Nada foi retirado da instalação", afirmou o presidente dos EUA, Donald Trump. A declaração foi publicada na Truth Social, após a publicação da reportagem.

Os carros e caminhões pequenos no local eram de operários de concreto tentando cobrir a parte superior dos poços. Nada foi retirado da instalação. Levaria muito tempo, seria muito perigoso e seria muito pesado e difícil de mover!
Donald Trump, em sua rede social

Imagens de satélite mostraram movimentação na usina. Os veículos a que Trump se refere foram avistados por satélites nos arredores de Fordow dias antes dos ataques.

Fordow  - MAXAR TECHNOLOGIES/via REUTERS - MAXAR TECHNOLOGIES/via REUTERS
Fila de caminhões parados na entrada de túneis de Fordow em 19 de junho
Imagem: MAXAR TECHNOLOGIES/via REUTERS

Danos são incerto

Bombardeios norte-americanos marcaram a escalada do confronto. As informações sobre os danos, porém, ainda são incertas.

EUA falam em "danos severos e destruição". Até agora, os estragos são medidos por análise de imagens, além do quantitativo militar divulgado pelo país. O governo Trump disse ter enviado 125 aeronaves e 75 armas guiadas com precisão. Entre essas armas, estavam 14 bombas "fura-bunker", cada uma com 2.400 quilos de explosivos. Além de Fordow, as usinas de Natanz e Isfahan foram atingidas.

Já o Irã afirma que áreas foram evacuadas antes. À agência estatal IRIB, o deputado Hassan Abedini disse que o país não sofreu um grande golpe porque retirou os materiais das instalações nucleares antes dos bombardeios.

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